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Este workshop é gratuito, porém só poderão dele participar os já inscritos no MEDINFOR  Colóquio Internacional "A Medicina na Era da Informação"

   

 

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Workshop: Aplicação da estatística na área da saúde e sexualidade: uma experiência a partir do Estudo epidemiológico das práticas sexuais desprotegidas em uma população de homens e travestis.

Facilitadora:  Sandra Mara Silva Brignol - sbrignol@ufba.br

Mestre em Saúde Comunitária-Epidemiologia. Dissertação de mestrado: Brignol, S. Estudo epidemiológico das práticas sexuais desprotegidas em uma população de homens e travestis. ISC - UFBA, 2008;

Bacharela em Estatística; Especialista em ensino de Estatística com Ênfase em Software Estatístico;

Professora substituta do Instituto de Matemática - Departamento de Estatística - Universidade Federal da Bahia;

Pesquisadora do projeto CONVIDA - Estudo sobre conhecimentos, atitudes, comportamentos e práticas de risco para a infecção pelo HIV entre homens que fazem sexo com homens no ano de 2003.

Resumo

O uso do instrumental da estatística para a geração de informações na área da saúde cresce cada vez mais e ocupa os espaços importantes nas instituições públicas e privadas, de pesquisa, de gestão e implantação das ações de saúde. Assim, uma aproximação com os conhecimentos das técnicas de análise estatística é fundamental para que sejam geradas informações que darão suporte às tomadas de decisão com base em resultados de estudos e na análise de situações problema. Um exemplo é a prática do sexo oral e anal sem o uso do preservativo masculino, que é importante fator para a infecção pelo HIV e para outras DST na população dos homens que fazem sexo com homens   (HSH) e das travestis. As informações acerca de relações entre características sociais, individuais, institucionais e práticas sexuais desprotegidas podem ser utilizadas para estruturar ações de prevenção. Investigar as associações entre fatores de vulnerabilidade e as práticas sexuais desprotegidas, além de descrever o perfil dos HSH e travestis, é importante para entender esse complexo fenômeno, que torna tais homens mais vulneráveis à infecção por HIV. O estudo apresentado é um recorte do projeto CONVIDA - Estudo sobre conhecimentos, atitudes, comportamentos e práticas de risco para a infecção pelo HIV entre homens que fazem sexo com homens no ano de 2003. A população do estudo foi de HSH e travestis residentes na cidade de Salvador e região metropolitana, que responderam ao questionário e frequentaram a “cena gay” desta cidade. Apresenta-se a parte exploratória realizada com a análise de correspondência norteada pelo quadro conceitual da vulnerabilidade. A prática do sexo anal e oral desprotegido foi de 48,5% e 68,6%, respectivamente, sendo a identidade sexual um importante fator para se descreverem tais práticas nos grupos identificados na análise gráfica. Os resultados permitiram identificar a formação dos grupos e características dos indivíduos que se envolvem mais freqüentemente na prática do sexo anal e oral desprotegido. As práticas sexuais desprotegidas são freqüentes na população dos HSH e travestis da cidade de Salvador, sendo que os homossexuais parecem mais vulneráveis a estas práticas sexuais, seguidos das travestis. Os resultados são consistentes com os apresentados na literatura nacional e internacional e mostram a relação entre fatores da percepção de risco, prática do sexo insertivo sem proteção, negociação de regras para as práticas desprotegidas. Uma vantagem foi obter grupos de homens formados através da observação das relações simultâneas entre vários fatores para se observar as relações. A descrição detalhada das relações entre as práticas desprotegidas e características dos grupos de HSH e travestis podem ser usada para subsidiar ações diferenciadas e específicas de prevenção nos locais da “cena gay” de Salvador, convidando esses homens e travestis à práticas sexuais mais protegidas.

Conteúdo programático

Parte 1: manhã (duração 2 horas - (9 as 11 hs)

1.      Apresentação do estudo proposto no mestrado e Projeto Convida

2.      População e amostra

a.       População de difícil acesso

b.      Mapeamento de locais: onde encontrar a população do estudo

3.      Organização da coleta de dados:

a.       A equipe de trabalho de campo

b.      Instrumento de pesquisa: elaboração do questionário

c.       O campo: A cena gay de Salvador e a Internet

4.      Definição do problema do estudo: Questões de saúde pública

5.      Revisão de literatura:

a.       Informações anteriores e atuais

b.      Estudos existentes e contribuições mais recentes

6.      Escolha do referencial teórico:

a.       A vulnerabilidade no contexto da epidemia do HIV/ AIDS

Parte 2: tarde (duração 2 horas - 14 as 16 hs)

7.      Plano de análise

a.       Digitalização dos dados

b.      Análise descritiva: conhecendo os participantes e entrando em contato com os resultados

c.       Um olhar específico sobre os dados: a proposta de análise

d.      Seleção das variáveis

e.       Escolha da técnica de análise em função do problema e do referencial teórico

                                                               i.      Análise de Correspondência

                                                             ii.      Análise de Cluster

                                                            iii.      Análise dos fatores de risco: epidemiologia

8.      Resultados e contribuições para as ações de saúde

Pré-requisitos para inscrição: Conhecimentos básicos de metodologia científica e estatística.

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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia - SEI: http://www.sei.ba.gov.br/

Departamento de informática do SUS- DATASUS: http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php

Programa Nacional de DST/AIDS - PN DST/AIDS: http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISCEBD192APTBRIE.htm

 

Horário. das 9h às 11h e das 14h às 16h

Local: ISC - Canela (ao lado da Escola de Música)

 

 

    

 

 

 

 

 

 

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